José Augusto Dias
Somos mais de 10.000 associados, uma grande família com histórias espetaculares de superações e conquistas. Nesta edição, iremos contar a história de um associado que concilia a vida como executivo e pai de família, com a prática de um esporte radical.
José Augusto Dias, 57 anos, casado e associado há 13 anos. Pai de 3 filhos e conhecido como Jô, Diretor da Odapel Distribuidora.
A curiosidade aqui é que Jô tem uma história de 12 anos no automobilismo, iniciou com as corridas de Kart em 2007, na categoria Senior B, onde competem pilotos com mais de 30 anos de idade, sem experiência. Em 2011, quatro anos mais tarde, houve a mudança para a categoria Super Senior, com condutores acima dos 45 anos, e no ano de 2014, entrou na categoria Super Master, que está até hoje. Seu atual desafio é adaptar-se a mudança do Kart em que pilotava um veículo com 75 kilos, para corrida de caminhão que pesa 4,5 toneladas. Uma mudança também em potência, no Kart competia com 32 cavalos e agora com o caminhão são mais de 1.000.
Jô é fã assumido do ídolo Ayrton Senna, e analisa a situação do esporte do Brasil: “Para esse esporte, aqui no País, ainda há poucas perspectivas de novos pilotos na categoria de elite, pois não existe investimentos nas divisões de base”. Sobre a categoria, afirma: “vejo a Copa Truck ainda se estruturando quando comparada com a Fórmula Truck. Hoje, com o novo formato, estão iniciando um novo modelo e acredito que no futuro terá a mesma performance”.
- Primeiramente agradecemos a gentileza de nos conceder esta entrevista. Você é associado há 13 anos, certo? Como é a sua relação e de sua família com o clube?
Sim, somos associados há 13 anos e nossa relação com o clube é muito legal, pois usufruímos das atividades que o clube proporciona. Minha esposa joga no time de vôlei na categoria máster.
- É muito comum vermos o amor pelo clube atravessar gerações, como foi a infância dos seus 3 meninos aqui? Eles praticam algum esporte?
Eles participaram quando crianças da colônia de férias, atividades como natação, tênis e futebol. Chegaram a fazer capoeira e atualmente jogam vôlei.
- Você se associou antes de começar a competir, sua vida esportiva no ATC o influenciou ou o preparou de alguma forma?
Sempre fui ativo a esportes e atividades físicas, quando entrei no clube senti uma receptividade grande por parte das pessoas, isso facilitou a ida frequente ao clube, onde participo quase diariamente das atividades. Hoje tenho grandes amigos, pessoas que fazem parte da minha vida pessoal e que são grandes motivadores dessa minha jornada.
- Você é um executivo com uma sólida carreira. De certa forma, o sucesso já havia chego antes de ingressas no automobilismo. Como surgiu esta vontade de se aventurar neste esporte?
Foi de uma forma meio trágica, pois a 13 anos atrás tive uma lesão no joelho, onde fui submetido a uma cirurgia e aí senti a necessidade de fazer um esporte “menos violento”. Comecei a andar de kart por hobby e passado 1 ano, comecei a levar a brincadeira a sério. Foi quando comprei meu primeiro kart, me afiliei a Federação paulista de Kart e comecei a disputar nos campeonatos, Copa Paulista Light de Kart, Paulista de Kart, Copa do Brasil de Kart e Campeonato Brasileiro de Kart.
- Qual é a principal diferença entre a Copa Truck e a Fórmula Truck?
A Copa Truck veio para substituir a Fórmula Truck com um novo modelo de gestão.
- Desde que começou a competir, você conquistou praticamente um título por ano. Quais são seus sonhos e objetivos para o futuro e o que diria para quem gostaria também de iniciar uma carreira?
Lógico que sempre queremos o lugar mais alto do pódio, mas se falando da Copa Truck, a dificuldade é maior, pois não temos a facilidade para treinar, assim como é no kart. Isso tudo devido ao alto custo da logística de transporte do caminhão, mecânicos e estruturas. Sendo que os únicos momentos para treino são os treinos livres dois dias antes de cada corrida, sem contar que para cada nova etapa é uma nova experiência de pista.
Hoje treino utilizando um simulador, que de certa forma me ajuda a ter maior conhecimento do traçado da pista, mas infelizmente não tem toda adrenalina de da realidade.
Para os iniciantes considero importante ter habilidade, perseverança, comprometimento, paciência, pois os resultados só veem depois de muito tempo de “ralação”. É importante ter acesso de conhecimento do automobilismo de alguma maneira, pois facilita a entrada no segmento. No Brasil há uma dificuldade muito grande pelo alto custo do esporte e patrocínio de forma geral. Particularmente agradeço a todos meus patrocinadores que desde o Kart colaboram e acreditam no meu desempenho. No Kart, os parceiros que estão comigo são: Nakata, Tecfil, TRW, Sachs, LUK, INA, FAG, Sabó e agora nessa nova jornada, estão: Meritor, Sabó, Tecfil, Cinpal, Suporte Rei, Urba/Brosol, Nexus Automotive, Flash Travel e Knorr-Bremse.
Para acompanhar as novidades da corrida e passar informações aos meus seguidores, utilizo o Instagram como @pilotojo81
Trajetória no Automobilismo
- 2010 – Vice-campeão da Copa São Paulo Light, na categoria Senior B;
- 2011 – Vice-campeão da Copa São Paulo Light, na categoria Senior B;
- 2012 – Campeão da Copa São Paulo Light, na categoria Super Senior;
- 2014 – Campeão da Copa São Paulo Light, na categoria Super Master;
- 2016 – Campeão do Campeonato Paulista de Kart, na categoria Super Senior;
- 2017 – Campeão da Copa São Paulo Light, na categoria Super Master;
- 2018 – Vice-campeão da Copa São Paulo Light, na categoria Super Master;
- 2018 – Campeão da Copa do Brasil, na categoria Super Master.
*Reportagem publicada em agosto/2019.