Edson Alba
Edson Alba, conselheiro e associado do ATC há 18 anos, nascido em São Paulo Capital no dia 21/06/1959. Hoje com 61 anos, Edson tem um filho de 32 anos, que é co-Piloto da Gol Linhas Aéreas, assim como o pai. Foi Comandante e Instrutor de Voo, na Transbrasil Linhas Aéreas por 23 anos e por 4 anos instrutor de Simulador na Gol Linhas Aéreas. Sempre foi conhecido tanto nos 15 anos de Voleibol, como nos 27 anos de Aviação pelo sobrenome, Alba.
- Há quantos anos você é associado do ATC e como chegou ao clube?
Sou Sócio do ATC desde 2002, conheci o clube em meados de 1982/83, vim com a equipe do Pinheiros/Transbrasil inaugurar o nosso Ginásio, carinhosamente chamado de Mexerica, num jogo contra a equipe da Sadia.
- Qual foi o primeiro esporte que teve contato?
Foi o voleibol, aos 13 anos.
- Como começou a sua história no voleibol?
Fui criado em Santo André, berço do voleibol, no Clube Atlético Aramaçan que depois deu origem a forte equipe da Pirelli. Meu pai me levava para o clube e lá eu tive o privilégio de conviver com atletas de alto nível, alguns já com passagem pela Seleção Brasileira como Moreno e Décio Cattaruzzi que acabavam de chegar da Olimpíada de Munique.
- Você viveu momentos marcantes no esporte, como foi vivenciar estas experiências?
Em 1978 fui Campeão Brasileiro com a Seleção Paulista Juvenil e o destaque do campeonato Brasileiro, nesse mesmo ano titular da Seleção Brasileira Juvenil que disputou o Sulamericano onde fomos campeões sem perder um único set. No ano seguinte, 1979, titular da Seleção Brasileira de Novos, até 21 anos, que disputou vários torneios na Europa, (Itália, Holanda e Bélgica). Em 1980, fui convocado para a Seleção Olímpica que disputaria a Olimpíada de Moscou, infelizmente não participei da Olimpíada, somente nesse mesmo ano da Copa Canadá em Calgary, onde fomos vice-campeões. Vale lembrar que essa Seleção foi a base da Seleção Medalha de Prata em Los Angeles.
- Em toda a sua história no voleibol, qual foi o momento que mais te marcou e você recorda até hoje?
Os momentos marcantes foram os títulos, tanto com o clube, tanto com as Seleções Paulista e Brasileira. No Clube Athlético Paulistano fui Tri-campeão Paulista Juvenil, no time adulto, Tri-campeão Paulista Brasileiro e Tri-campeão Sulamericano, com a Seleção Paulista Juvenil Tri-campeão brasileiro, com a Seleção Brasileira Campeão Sulamericana Copa Canadá. Outra coisa importante, eu agradeço, foi ter convivido com atletas de alto nível, com quem eu pude aprender e querer melhorar cada vez mais. Só para citar alguns: Moreno, Décio Cattaruzzi, William, Montanaro, Renan, Amauri, Xandó, Bernard, Bernardinho, Zé Roberto Guimarães (Sócio também do ATC) e outros vários atletas de ponta.
- O voleibol se destacou dentre os brasileiros. Você acredita que podemos dizer que depois do futebol, é o esporte mais popular?
Não tenho a menor dúvida, basta ver a quantidade de público nos jogos de Voleibol. Em 1983 no Maracanã, houve o recorde de público até hoje para um esporte Olímpico, senão o futebol seja a céu aberto ou no interior de ginásios poliesportivos: 95.887 pagantes.
- Como você enxerga o cenário do voleibol no Brasil? Você acompanha os jogos e a seleção? Qual é a sua visão deste atual momento?
O nível do voleibol praticado no Brasil é altíssimo, basta ver os resultados tanto no masculino como no feminino. No voleibol de quadra e no beach volley. Eu tenho acompanhado os jogos das Seleções e dos times da Super Liga sempre que possível, até mesmo antes da Pandemia estava sempre prestigiando meu amigo Zé Roberto com o time de Barueri no Ginásio José Corrêa. Quanto a minha visão no atual momento do voleibol, seria uma sugestão: aumentar a altura da rede no masculino e feminino, principalmente no masculino. Na minha época a média de altura dos jogadores era por volta de 1,90m; hoje a maioria passa de 2,00m fácil, o que impede que os jogos tenham mais rally. Alguns jogadores hoje têm 2,1 m para uma rede de 2,43m, a mesma altura de anos atrás.
- Hoje você é Conselheiro e extremamente ativo no clube. Nos conte como o ATC faz e fez parte da sua história.
Hoje como Conselheiro, espero dar minha contribuição para o Clube que tanto nos acolhe. Sou membro também do Plano Diretor e o Responsável do CAIS (Comissão de Acessibilidade e Inclusão Social), Conselho este que deixou e vai deixar o ATC cada vez mais acessível.
CAIS: Comissão de Acessibilidade e Inclusão Social
A Comissão de Acessibilidade e Inclusão Social (CAIS) tem o objetivo de tornar o Clube mais seguro e sem risco de acidentes para aqueles que têm a mobilidade reduzida.
Em parceria com a Diretoria Executiva uma série de espaços foram adaptados e passaram a atender as leis vigentes. A inclinação das rampas da passarela, das entradas do Ginásio Takaoka e Conjunto Poliesportivo Estefano Carrieri foram readequadas assim como no acesso ao Campo 2 de futebol e as quadras de tênis. No Salão Nobre, Boulevard e Bocha foram construídos sanitários acessíveis para PNE.
O carro elétrico foi uma das grandes conquistas do projeto, senão a maior, facilitando a mobilidade pelo clube dos idosos, gestantes, pessoas com necessidades especiais (PNE) e emergências. Diariamente o veículo atende cerca de 20 associados no deslocamento pelo clube.
*Reportagem publicada em dezembro/2020.